Sinestesia Coletiva

Com certeza a primeira postagem do blog deve ser relativa ao nome que encontrei ser a melhor forma de definir o conteúdo que trabalharei daqui em diante. Vou começar pela análise “palavra a palavra” para explicar melhor.

Tudo começa com a palavra sinestesia, que a primeira vez que tive contato foi num verso do poeta Augusto dos Anjos em que falava do “paradoxo das sinestesias” e que também achei ser um bom nome para o blog, mas o domínio ficaria muito extenso.

Antes de entrar na definição poética quero começar por sua etimologia. Sinestesia vem de origem grega da junção de duas palavras: “Sin” (junção) e “Estesia” (sensações). Na gramática é uma figura de linguagem que denomina coisas do tipo “olhei para a maciez da sua pele” ou o “o gosto das cores que via na bela paisagem”. No sentido poético, sinestesia é usada para designar um momento único que te envolve em todas as formas de percepção e também além dos cinco sentidos, podendo até ser uma epifânia (momento ou situação de despertar).

A palavra Coletiva é um adjetivo que vem do latim “Colligere” (reunir) e no campo da lógica é o termo que designa uma pluralidade de indivíduos considerando como um todo. Coletivo também esta relacionado à idéia de que existe uma organização e um elemento comum que liga todos os membros de um mesmo grupo.

A junção das duas palavras teria como resultado a percepção de diversas sensações diferentes por um grupo de indivíduos que mesmo diferentes possuem objetivos comuns.

Quero mexer com todos os sentidos dos leitores a fim de desperta-los para uma visão crítica da comunicação e seus futuros rumos.

E na visão da comunicação quero promover um questionamento e admiração da comunicação que utiliza de todos os sentidos do receptor para provocar sensações distintas e inovadoras.

Mas para isso não vou ficar fazendo análises bibliográficas e comportamentais de forma acadêmica. Quero ser prático e facilmente entendido, por isso, preferirei usar ensaios e exemplos de casos reais e práticos para mostrar como as mídias sociais e evoluções tecnológicas interferem no mundo da comunicação.

Enfim, convido os leitores a terem um mix de sensações e questionarem, assim como eu, alguns modelos prontos e enlatados daqueles que vemos na faculdade e que se estendem ao mercado profissional. Não busco respostas e sim provocar questionamentos.

Seja bem vindo ao mundo da Sinestesia Coletiva!

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